A Associação Nacional dos Técnicos de Fiscalização Federal Agropecuária (ANTEFFA) realizou, em 28 de maio de 2025, uma Assembleia Geral Extraordinária que tratou de eixos fundamentais, como a defesa das atribuições profissionais contra a terceirização da fiscalização e um plano de reequilíbrio financeiro para garantir a sustentabilidade da entidade.
Crise financeira exige medidas urgentes
Durante a assembleia, o secretário-geral da ANTEFFA e presidente da ATEFFA-NE, Paulo Marcelo Pontes, apresentou dados alarmantes sobre os custos operacionais da entidade:
“Os gastos com nossa sede em Brasília subiram nos últimos anos, muito acima dos índices de correção nacional. Só em hospedagem para representantes estaduais tivemos aumento de 14% só em 2024, enquanto passagens aéreas ficaram cerca de 47% mais caras.”
Plano de ajuste aprovado
Após um produtivo debate, no qual os representantes também puderam apresentar seus pontos de vista, a assembleia aprovou por maioria:
Retenção temporária de 50% dos repasses da ANTEFFA às ATEFFAs estaduais por seis meses, podendo ser prorrogada por igual período, mediante avaliação da situação financeira da entidade e nova anuência dos representantes estaduais;
Plano de contenção de gastos com viagens e eventos.
O secretário-geral destacou: “Não se trata de cortar direitos, mas de garantir a sobrevivência da entidade nacional em sua matriz, onde todos os acontecimentos da esfera política ocorrem. Se não agirmos agora, em 12 meses poderemos ter dificuldades até para manter as portas abertas.”
Defesa das atribuições profissionais
Paralelamente à questão financeira, a assembleia aprovou:
Entrada como amicus curiae na ação contra o artigo 5º da Lei 14.515/2023;
Autorização para o Escritório Riedel impetrar ação coletiva sobre o Adicional de Insalubridade;
Unificação dos cargos técnicos do PCTAF;
Criação do SINTEFFA.
O presidente da ANTEFFA, José Bezerra da Rocha, encerrou destacando:
“Estamos vivendo o momento mais desafiador de nossa história, mas saímos desta assembleia mais fortes e unidos. A categoria pode contar com uma ANTEFFA sólida financeiramente e combativa na defesa de nossos direitos.”
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