Rdnews.com.br - Os empresários dos frigoríficos em Mato Grosso estão satisfeitos com a proposta da ministra da Agricultura (Mapa), Tereza Cristina, que criou um comitê de auto-inspeção, que prega o autocontrole sobre as normas sanitárias pelas próprias indústrias, pondo fim ao sistema que funciona hoje - feito por órgãos oficiais do governo.
Vinícius Bruno
Reação ocorre após ministra da Agricultura Tereza Cristina criar comitê de auto-inspeção
A medida está sendo discutida dois anos após o país viver um dos episódios mais aterrorizantes envolvendo a indústria da carne, que veio à tona com a Operação Carne Fraca, em 2017. O esquema contava com a participação de fiscais do Mapa, que recebiam propina para acobertar as irregularidades em redes frigoríficas no país.
A ministra garante que a medida só entrará em vigor quando existir segurança para essa autofiscalização pelas próprias indústrias. Por outro lado, a operação identificou a venda de carne com a bactéria salmonnella, mesmo com a fiscalização do governo.
A interrogação que fica é se o setor terá maturidade e compliance suficientes para fazer uma produção de carne idônea sem desrespeito às normas sanitárias, que não serão mais fiscalizadas, como propõe a ministra.
Por outro lado, o setor empresarial se sente contemplado com a medida. “A aposta da ministra é um desafio na modernização de um sistema de inspeção. É acreditar no novo, no moderno, porque não dizer no ser humano? Uma sociedade não evolui se não acreditar que pode ser melhor”, avalia o presidente do Sindifrigo, Paulo Bellincanta.
Para Bellincanta, a tendência de redução do controle feito pelo Estado sobre as indústrias de carne e de outros tipos de indústria é necessário para garantir um “Estado mais leve” e garantir mais agilidade.
Entre as alterações propostas pelo Mapa está a retirada dos médicos veterinários credenciados pelo governo, que ficam em tempo integral nos frigoríficos. A medida, que tem sido tratada como “a entrega do galinheiro aos cuidados das raposas”, é na visão de Bellicanta auto-suficiente já que as indústrias de carne possuem capacidade para se inspecionarem.
“Temos uma indústria com excelente estrutura física e com departamentos de controle de qualidade aptos a responderem aos mercados mais exigentes do mundo. É dentro deste cenário positivo, com otimismo, que vemos hoje o Ministério da Agricultura fazendo sua aposta na modernização. A ministra Tereza Cristina responde com uma ação audaciosa e positiva à injusta dúvida a que o setor e o próprio ministério foram submetidos”.
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Enviado em: 18/05/2019 11:08:32
Autor: Juarez Ferreira
Equipes compostas de técnicos : AUDITOR , AISIPOA e etc. Trabalhos de fiscalização c verificação In loco: Documental, processo, coleta amostras pra análise , e toda a estrutura de apoio Inclusive produtos no varejo, atacadistas . Legislação pra resultado negativo, multas ,apreensão e até criminalização dos responsáveis..
Enviado em: 18/05/2019 10:54:13
Autor: Juarez Ferreira
Minha opinião: A modernização desse sistema é inevitável, já é tardio, o que está instalado desde o início da Federalização , O Governo fiscaliza qq tipo de produto à campo c equipes de supervisão, no mercado e a própria indústria In loco, diga-se : ANVISA por Ex. Nos Lab. ,dentro das Leis vigentes .
Enviado em: 12/04/2019 08:34:12
Autor: Joao slberto guerreiro
Isso ou essa forma de entregar a inspeção de carnes para os próprios donos não da certo e nunca vai dar é mesmo q mandar um bode cuidar da horta. Os compradores estrangeiros não aceitam esse tipo de fiscalização e um perigo para as exportações de produtos de origem animal. O Brasil não tem honestidade pelo q faz.