-Campanha Dezembro Vermelho alerta sobre prevenção à Aids e outras DSTs
A partir de 2017, o Brasil terá todo ano uma ação voltada para prevenção ao HIV/Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis. Batizada de Dezembro Vermelho, a campanha, instituída pela Lei 13.504, tem o intuito de chamar atenção para as medidas de prevenção, assistência, proteção e promoção dos direitos humanos das pessoas vivendo com HIV. A escolha do mês foi em função do Dia Mundial de Luta contra a Aids, celebrado no dia 1 de dezembro.
“O Ministério da Saúde, o UNAIDS e diversas organizações que trabalham com o tema do HIV, já dedicam, tradicionalmente, um grande esforço na realização de eventos, encontros, debates e campanhas ao redor do 1o de dezembro”, disse Georgiana Braga-Orillard, Diretora do UNAIDS no Brasil, em um comunicado. “Mas a aprovação do Dezembro Vermelho é um passo importante para que as atividades sejam feitas no Brasil todo, por várias instituições e também para que possamos ir além de uma data única e fazer com que esse debate siga vivo na sociedade por mais tempo.”
Apenas 56% dos jovens diagnosticados com HIV iniciam o tratamento.
Depois do aumento de caso de Aids em idosos, os jovens voltaram a ser a preocupação quando o assunto é HIV. Dados do Ministério da Saúde indicam que apenas 56% dos diagnosticados de 18 a 24 anos iniciaram tratamento com terapia antirretroviral.
A falta do uso da camisinha é apontado por especialistas como fator determinante para o aumento da circulação do vírus. De cada 10 jovens entre 15 e 25 anos, seis não usaram preservativo durante o sexo no ano passado, aponta outra pesquisa do Ministério.
E não estamos falando só de Aids. Os números de infectados com sífilis também são assustadores.
Para a médica Ruth Khalili, do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), vários motivos estão levando ao aumento das DSTs no Brasil. Segundo ela, há, hoje, uma maior liberdade sexual que facilita a rotatividade nas parcerias sexuais.
Além disso, a desinformação é grande. Para Khalili, nunca houve um trabalho de conscientização de forma organizada, abrangente e continuada. A isso, soma-se o fato de que o medo da população em relação ao HIV parece ser menor do que nas décadas anteriores.
Fonte texto e imagem:
Fonte Lei 13504:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13504.htm